A segunda lição: por N. Cristovão (A-Voz-do-Curioso)!

A lição para vida

O livro intitulado: "Graduados com Sucesso, e agora?" tem como autor Nunes Cristóvão, um jovem moçambicano. O conteúdo que N. Cristóvão aborda neste livro considero como segunda lição; uma segunda lição depois daquela dos pais e da formação normal e habitual, da academia. Ademais, sugiro que seja considerado como segunda lição porque sabemos que, de tudo o que nos parece complicado, o que não nos parece claro é a verdade sobre vida: ela é complicada. Se as lições da vida fossem dadas com claridade e que fossem ensinadas na ordem que deviam e,  ainda mais, fossem acolhidos como deve ser, as mesmas teriam menos peso. Mas as lições da vida nos faltam; se chegam nos chegam tarde ou nos chegam de forma desorganizada, de tal forma que não sabemos identificar a primeira, a segunda, a terceira, … .  Se não conseguimos aprender as lições como deve ser, os resultados são óbvios: fracasso, fracasso e fracasso...

 

nunes Cristovao

Para muitos jovens, o que tem justificado o fracasso dos mesmos é a segunda lição; essa lição devia ser a mesma a ser dada a todos adolescentes e jovens em escolaridade, para evitar futuros fracassos e frustrações. A Hora-académica crê que essa lição é sabiamente dada pelo livro recém-publicado pelo autor em destaque. Graduado com Sucesso, e agora?  constitui uma lição e, ao mesmo tempo, um convite a todos jovens para que tenham a mente no lugar, sobretudo no que concerne a dupla: aluno vs escola. Porque como diz o prefaciador: a todos estudantes este livro é resposta de vossos dilemas”. Para sermos mais claros ao tentar transmitir a mensagem do livro, daremos um tópico a cada conteúdo que lhe parece conveniente. comecemos: 

Nunes Cristovao
1. Sociedade

A primeira chamada de atenção, que é feita nas páginas introdutórias é sobre o lugar de estar: a sociedade. Para o autor podemos estudar em quantas escolas e em quantos anos, mas se não sabemos que o lugar onde estamos e estaremos é a sociedade, nos limitaremos a críticas quando há um dever: melhorar-la para melhor estarmos.

2. Felicidade

O autor convida-nos a redefinir o conceito da felicidade que todos nós buscamos e definir para nós mesmos. O que é ser feliz para nós, pergunta o autor. A resposta da pergunta anterior nos ajudaria a buscar única coisa e, responder com responsabilidade as consequências dessa busca. Porque, justifica o autor, as vezes nos vemos frustrados diante de sonhos dos pais, que como filhos, temos de seguir e viver.

3. A juventude actual: escola, desafio, futuro

No desenvolvimento do texto  podemos descubrir um fenómeno descuberto pelo autor. Este fenómeno afecta aos adolescente e jovens durante a formação, sobretudo  no ensino medio e mais tarde na Universidade. Trata-se daquilo que o autor chama de transição de sonhos, que consiste na constante mudança de perspectiva devido a falta de discernimento sobre as  próprias escolhas. Esse senário tem sua causa principal na influência de terceiros (pais, professores, irmãos, amigos, colegas, ...). O resultado disso tem sido em duas perspectiva: fazer cursos que não  gostariam de fazer; fazer a formação "por cima": preocupando-se com notas mínimas; tudo isso termina com  a presença de um maior grupo de ilustres, maior busca de trabalho (quando não estão motivados nem qualificados), maior número de jovens frustrados, e levam a vida sobre ápice do derrotismo.

4. As crenças do mundo actual

Para o autor as Crenças limitantes  são as que dominam o mundo, com objectivo de implantar derrotismo nas mentes dos jovens. Com isso viverão limitados, fracassados, sem criatividade e sem acreditar no seu potencial, por isso cuidado. Adverte o autor!

5. Recurso

No meio de todo esse cenário, o autor, ao mesmo tempo que descreve o fenómeno que revela a crise de identidade juvenil e académica, convida, primeiro aos jovens, para que sejam optimista e resilientes, mesmo com  "mil" caídas; que a falta de experiência, como motivo de não contratação, se resolva com trabalho (autoproposta - marketing individual); que os jovens saibam que a formação não garante o emprego, mas o autoemprego pode mudar a vida: a vitória prepara-se. Depois invocas as instituições implicadas a tomar nota do cenário, de modo que

projetem palestras, para ajudar os jovens desnorteados; de tal maneira que estes percebam o funcionamento do mundo académico e social, e saberem direcionar as suas escolhas de modo assertivo e eficaz.

Esse livro nos convida para a mesa de debate e reflexão que o autor preparou. Trata-se de um debate que, depois de postas e defendidas as dificuldades que enfrentam os jovens, a seguir seria conduzido para refletir sobre as condições sociais que ajudam ou impedem os jovens a tomar em  acção a "segunda lição". Contudo, este artigo só serve de espelho para que tu tenhas uma ideia sobre o livro: "Graduados com Sucesso, e agora?". O melhor podes encontrar lendo o mesmo.

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